Abrimos a nossa Tenda para receber a Mari Camardelli, do perfil @somos.madrastas, e conversar sobre Madrastas! Esse é um tema cheio de preconceitos e estereótipos, portanto precisamos falar disso. Ele também desperta feridas, disputas entre mulheres e dores da nossa criança interior.

Você é madrasta? Como é sua relação com seus enteados? E com a mãe deles? Como foi sua chegada no sistema familiar do seu companheir@?

Você se separou? Seu ex companheir@ começou outro relacionamento? Como é sua relação com a madrasta dos seus filhos?

Você teve ou tem madrasta? Como foi ou é sua relação com ela?

Veja algumas das falas da Mari durante a gravação:

“A madrasta, quando entra na família e começa a fazer parte de um novo sistema, o papel que ela vai ocupar e como ele se modifica ao longo do tempo, isso tudo precisa ser cocriado”.

“No fim das contas, para a criança, a conexão e a parceria entre os adultos é muito melhor e mais saudável.”

A Mari é enteada, madrasta e mãe, especialista emocional e educadora parental. Seu companheiro tinha dois filhos quando eles começaram o relacionamento, há 7 anos. Atualmente eles têm uma filha e um bebê a caminho!

Te convidamos a entrar em nossa Tenda e participar da nossa conversa!

 

Além disso, eu e a Maíra temos uma novidade! Iniciamos nossa campanha Apoia-se! Queremos que nosso podcast tenha periodicidade quinzenal, mas para isso queremos contar com o seu apoio. A Tenda Materna é uma produção independente que existe há mais de 3 anos e se sustentou até agora a partir de investimentos de recursos pessoais (da Maíra e da Clarissa) e de permutas feitas com outras mães que editavam, organizavam e divulgavam esse trabalho.

Se você curte a Tenda e tem interesse que esse projeto se expanda, te convidamos a se tornar um@ apoiador@. Entre na página www.apoia.se/tendamaterna e faça sua contribuição!

Com carinho,

Clarissa

Como você lida com sua vontade de gritar? Como você expressa sua raiva? Você sabe como extravasá-la de forma consciente ou acaba descontando nos demais?

Você tem consciência de quanta raiva você tem guardada dentro de você?
Será que sua criança interior teve motivos pra se enraivecer e você teve que aprender a fingir que não tava sentindo nada?
Já percebeu que nos momentos em que perdemos a calma e explodimos com nossos filhos (ou parceiros), é a nossa criança interior que está vomitando toda a raiva que ela teve que conter?

A raiva é um dos sentimentos que os pais têm muita dificuldade de aceitar nos filhos. Como geralmente ela é expressada com agressividade, a tendência é que os pais tentem convencer a criança de que a raiva não é aceitável e ela não tem porque senti-la. Essa é uma das maiores ciladas da educação tradicional: impedimos constantemente que nossos filhos se expressem com liberdade, acreditando que alguns sentimentos precisam ser evitados. No entanto, isso é impossível, é da natureza humana sentir raiva, tristeza, medo, ciúmes, alegria… Quando a criança, para atender à expectativa do adulto, tenta engolir o que sente, aquilo não vai embora, pelo contrário, acaba vindo à tona de forma inadequada, geralmente em forma de explosões e agressividade. Inclusive na fase adulta podemos ser governados pela raiva da nossa criança que não pôde ser expressada no passado.

Está no ar o novo episódio da @tendamaterna.podcast sobre RAIVA. Quer mergulhar neste tema e descobrir caminhos conscientes para expressar sua raiva?

Te convidamos a entrar em nossa Tenda e participar da nossa conversa!

Maíra e Clarissa

Neste episódio abrimos as portas da nossa Tenda para receber a querida
Livia Praeiro, educadora parental especialista em sono infantil e criação com apego.

Ela vai nos contar um pouco sobre o universo do Sono Infantil, tema que para muit@s de nós é extremamente angustiante e doloroso.

Livía traz um olhar extremamente responsável e profundo sobre o Sono .

Vamos abordar questões importantes, tais como:

O que é natural, esperado que aconteça durante o período do sono dos pequenos?

O estado emocional da mãe/ pais influenciam o sono da criança?

Alterações no ritmo do sono durante a pandemia.

Crianças que demoram para dormir ou acordam várias vezes durante a noite.

Cama compartilhada fazer ou não fazer?

Dá o PLAY e seja bem vinda a nossa Tenda!

 

Esperamos que desfrutem desse encontro, rumo a caminhos mais autênticos e respeitosos em nossa relação com os pequenos.

Com carinho,
Clarissa & Maíra

Neste episódio, falamos sobre Comunicação Consciente, compartilhamos histórias nossas e contamos como a criança absorve o mundo interno do adulto e o reflete em seu comportamento.

Nós já narramos inúmeras histórias sobre o poder da comunicação entre mães/pais e filhos, de como praticamos a conversa com os filhos durante o sono para libertá-los de questões nossas. Estávamos devendo um episódio da Tenda sobre este tema!!!

Veja um trecho da nossa conversa!

“É uma grande responsabilidade quando a gente começa a entender nosso lugar como adulto que vai nomear e apresentar o mundo para a criança, que vai nomear para ela sobre quem ela é e contar para ela como o mundo funciona e como as relações acontecem. Ao mesmo tempo é uma grande oportunidade, porque a gente começa a se questionar, a se observar e perceber uma série de incoerências e questões que a criança, por ser extremamente sensível, está ali o tempo inteiro captando através do que a gente está dizendo. Mas ela não capta só o que a gente fala, ela é tão sensível que percebe a intenção que existe naquela palavra, o que está nas entrelinhas do que a gente está dizendo.”

▶️ Aperta o Play e seja muito bem vinda à nossa Tenda!

Com carinho,
Clarissa

Mães se curam entre mães, essa é base que fundamenta nosso trabalho aqui na Tenda e na Comunidade Terapêutica para Mães que eu e a Maíra coordenamos juntas chamada “ZUM ZUM de Mães”!

Neste episódio, convidamos duas mães que participaram da turma 13 do Zum Zum para compartilharem um pouco da experiência delas em nossa comunidade!

Foi um encontro emocionante e cheio de casos que podem te inspirar a se comprometer com seu crescimento pessoal e se dar conta do impacto positivo que isso pode ter em sua vida familiar!

Aperta o Play e seja muito bem vinda à nossa Tenda!

 

Com carinho,
Clarissa

Neste episódio convidamos a Pedagoga Waldorf Nazarete Paganotti para conversar com a gente sobre alguns recursos práticos que podem nos apoiar a cuidarmos de nossos pequenos neste período de isolamento social.

Nazarete, com sua sensibilidade e experiência de mais de 30 anos como professora de crianças pequenas, nos ajuda a ampliarmos nosso olhar para a infância e traz algumas ferramentas valiosas para acompanharmos melhor nossos filhotes.

Veja só alguns trechinhos da fala dela que selecionamos para você:

“Quando a gente está diante de tantas ofertas, a gente tem que ter discernimento para escolha. Devemos levar para dentro e buscar um alinhamento bem grande no sentido de fazer a melhor escolha, porque estamos diante da infância e ela passa rápido. E se fizermos a analogia com a estrutura de uma casa, a infância é a fundação, é aquele lugar do subconsciente mais profundo, do qual a gente não acessa, mas é sobre ele que subimos as paredes e colocamos os telhados da nossa corporalidade.”

“Na infância, é muito bonito essa analogia de que o adulto que está diante da criança é o mestre e a criança é o discípulo. Então é na mão do mestre que a criança tem que se apoiar. E para o adulto ser realmente um mestre, ele tem que percorrer um longo caminho, pois não é simples ser mestre. Ele pode ser mestre em uma postura de aprendiz, sempre, e a criança adora isso, quando a gente está sempre numa condição de aprendiz e não daquele que senta no trono e começa a repetir padrões de comportamentos familiares, e repete os padrões sem olhar para quem está diante dele.”

“A gente precisa, não só nesse momento, mas quando estivermos com crianças diante de nós, ressignificar o simples. Às vezes, como diz o Einstein, o simples é o que existe de mais sofisticado.”

Lindo demais né?! Isso e muito mais te espera nesse episódio!!!!

Te convidamos a dar o Play e entrar em nossa Tenda:

Com carinho,
Clarissa & Maíra

Neste episódio convidamos a querida Flávia Penido, mãe de 3, psicoterapeuta perinatal e parental, com foco em cuidado sistêmico e integral materno-infantil, formada em psicologia pela Université Libre de Bruxelles, para falar sobre Amamentação e Desmame com a gente.

A Flávia traz um olhar cuidadoso e extremamente acolhedor para este tema. Começamos esse papo perguntando a ela sobre os significados e oportunidades que a amamentação apresenta para a mulher e seguimos aprofundando nos desafios e convites que se abrem durante o processo de desmame.

Qual o melhor momento para desmamar? Livre demanda pra sempre? O que nossos medos, culpas, tristezas e raivas que surgem neste momento dizem sobre nós? Crianças que acordam muito à noite e só voltam a dormir com o peito, como lidar?

Veja só algumas falas da Flávia que selecionamos para deixar você mais animada para entrar em nossa Tenda e escutar essa conversa:

“É um processo muito lindo, é justamente isso que a gente precisa fazer pelo nosso filho. A gente precisa se desenvolver dele e a gente precisa autorizar, a gente precisa motivar, a gente pode fazer um monte de movimentos por eles durante este processo saindo da livre demanda, passando para este lugar, para uma amamentação mais regulada, podemos fazer uma transição de forma suave.”

“É o teu corpo. A gente tem que lembrar que quando a gente tá sinalizando o desconforto no nosso corpo, a gente tá ensinando um respeito sobre si mesma que esta criança vai desenvolver nela.”

“Você não precisa começar com um não. Muitas mães ficam dizendo: mas foi tão difícil lá no começo. Algumas tiveram bebês prematuros e a vitória foi aquela amamentação. Como vou desmamar? Como vou dizer não? Foi tão importante para mim! ”

“Tem também a mãe abnegada, que é quando a mãe continua dando o peito porque a criança pede, mas ela não aguenta mais. Ela acaba dando um seio já sem energia, desconectado de amor, de função materna. É um seio que não cala nenhuma fome. Nem a fome nutricional, nem a fome emocional da criança, não dá aquilo que a criança está precisando.”

“A gente precisa perceber que às vezes ela está pedindo o mamá, que é o que ela conhece e ela vai chorar quando você disser não, mas o que ela precisa você sabe. O que ela tá querendo mesmo é aquele conforto, aquela conexão com a mãe.”

Deu pra sentir a potência desse encontro né? Te convidamos dar o play e entrar em nossa Tenda!!!

Aproveita e depois conta pra gente o que achou do episódio, vamos adorar te escutar!!!

Com carinho,
Clarissa e Maíra

Contatos da Flávia Penido:
Perfil Instagram: instagram.com/flapenido
Programa online de apoio e preparação para o desmame gentil e gradual com a Flávia: www.desmamegentil.com.br/

O quão íntima você se sente de suas emoções? Raiva, Tristeza, Medo, Alegria, Amor, Vergonha, Culpa, Ansiedade, Insegurança… Você consegue expressar conscientemente o que está sentindo, sem responsabilizar/projetar nos outros o que sente? Tem confiança para expressar suas emoções mais íntimas para alguma(s) pessoa?

Nesse episódio, falamos sobre o processo de repressão emocional que vivenciamos na infância e como isso impacta a nossa vida…

“Na época que estávamos mais disponíveis para nossas emoções, mais conectados com nosso corpo, com o que ele estava sinalizando e que expressávamos livremente o que vinha, isso foi reprimido.”

Vamos compartilhar também sobre como o encontro com as outras pessoas pode se tornar um farol para o resgate de uma relação íntima, verdadeira, honesta e potente com o que sentimos!

“Mostrar nossa vulnerabilidade requer uma força, porque temos que romper uma barreira que nos foi imposta, desconstruir a idéia de que quando mostramos nossas dores ou inseguranças, somos fracos ou inadequados.”

No final do encontro, contamos que no dia 19/08 vamos lançar o “Primeiro Workshop Online e Gratuito da Tenda Materna”. Para se inscrever e participar com a gente clique neste link: https://escoladepais.beefamily.com.br/cadastro-workshop-tenda-materna

Está muito potente e inspirador esse papo! Dá o play e seja bem vinda à nossa Tenda!

 

O caminho do amor é um percurso pelo qual toda mãe gostaria de conduzir a sua maternidade. É um caminho de leveza, de tranquilidade e de paz. Um espaço em que estamos profundamente conectadas com o nosso ser mais íntimo e com aquele serzinho tão pequeno que está ao nosso lado. Neste momento somos respeitosas, amorosas, calmas, serenas e acompanhamos calmamente o tempo das crianças. Falamos com a voz doce e suave que temos e até o nosso caminhar é mais ameno sentindo que o tempo está em câmera lenta. As passadas são mais inspiradoras e seguem a nossa respiração, valorizamos o ritmo da natureza e não a frenética imposição do mundo exterior. Nosso olhar ganha outra dimensão e atinge uma imensidão que só podemos sentir quando caminhamos na amorosidade. Podemos enxergar o que se passa no campo energético de nossos filhos, vemos além do físico, do palpável, do real. Há…como é maravilhoso estar no caminho do amor, nele a nossa intuição é ordem inabalável, sentimos e agimos de acordo com o que percebemos porque neste trajeto estamos atentas e alertas com todos os nossos sentidos. Intuímos e tomamos as decisões, agimos com o nosso mais íntimo saber, aquele que vem de nossas antepassadas e da Mãe Terra! Utilizamos nossa sabedoria feminina, nosso poder de acolher, de cuidar, de dar colo, de dar alimento e até de CURAR! Quando somos questionadas seguimos firmes em nosso propósito porque sabemos do que estamos falando e temos a certeza de como estamos conduzindo as nossas ações. Devolvemos as críticas com muito respeito e carinho porque agir com amorosidade não é só com o nosso filho, mas também o é com o resto do mundo. Percebemos a boa intenção e as histórias de cada um por traz dos comentários, acatamos aquilo que nos cabe, agradecemos e seguimos o nosso iluminado caminho, iluminando. No caminho do amor refletimos uma luz que emerge de nós, uma luz quase ou totalmente divina, nele, somos magnéticas. Nossa comunicação, no caminho o amor, brota da nossa emoção. Não é uma fala que transcrevemos da mente para a voz, e sim uma energia sublime que emana de coração para coração. Uma troca potente e real, autêntica e poderosa que é capaz de tudo, que ultrapassa qualquer explicação racional e que cria laços eternos. Neste caminho, a nossa energia vital é preciosa e cuidamos deste nosso tesouro com muita atenção, pois sabermos o quanto esta força é essencial para nos dedicarmos à maternidade que queremos.

QUANDO DESVIAMOS DO CAMINHO DO AMOR 

Entretanto, nem sempre estamos trilhando nossa maternidade neste caminho. Muitas vezes desviamos, perdemos a rota, seguimos em outra direção. Tenho uma amiga muito querida com quem mantenho muitas conversas, pois nossas filhas têm idades próximas. Certo dia ela me mandou uma mensagem, pois estava com muitos desafios de comportamento com sua pequena. Não conseguia manter uma boa relação com ela, as coisas estavam atrapalhadas, a rotina da manhã se atropelava, chegar à escola era muito difícil e ao chegar ao final do dia ela sentia que não estava desempenhando o papel de mãe amorosa que desejava ser, estava exausta, triste e frustrada. Disse-me, muito emocionada, que estava impaciente, brigando muito e que não vislumbrava saída para este ciclo, ela disse que precisava RETOMAR O CAMINHO DO AMOR! Chorei. Esta frase colou no meu coração, conversamos muito e ela seguiu sua jornada tentando encontrar as pistas para retomar o seu percurso. No mesmo momento eu passava por dificuldades parecidas, estava com muita raiva, explodia em quem amava e os dias estavam cansativos, eu gritava demais e era grosseira e rude na maioria das vezes. Não conseguia estabelecer a conexão necessária para que nosso ritmo diário fosse mais assertivo. Chorei novamente e percebi que tinha desviado totalmente do caminho do amor, segui lembrando esta reflexão para me reencontrar também.

O REENCONTRO 

 A partir desta lição, eu busco todos os dias reencontrar o meu caminho do amor, sou mais feliz nele, faço minha filha e aqueles que eu amo mais felizes. Todos os dias eu procuro bússolas que me indiquem o norte, pequenas grandes coisas que me fazem retomar a direção. Um “bom dia mamãe” ao acordar, um adormecer de conchinha, aquele beijinho na bochecha, um abraço no pescoço com bracinhos pequenos, um “eu te amo” genuíno, incondicional, um “muito obrigada” ou um doce olhar. Não é tarefa fácil, mas é gratificante, muitas vezes estamos desconectadas, irritadas, tristes ou desanimadas em como as coisas estão seguindo e basta um olhar mais atento para encontrarmos o nosso caminho, o nosso equilíbrio. E quando não estamos neste caminho também é preciso nos acolher, nos entender, reconhecer nosso momento e não nos julgar ou culpar. Não se trata de nos martirizarmos por estarmos longe do que desejamos, ainda assim está tudo bem. Está tudo bem porque este caminhar é uma escolha diária, em que decidimos a cada amanhecer como será o nosso dia, somente nós temos este poder. Assim, acredito que em tempos tão contestadores como este, é necessário que nos convidemos a refletir sobre o que nos conduz ao caminho do amor, e que estrelas seguiremos para encontrá-lo. Certamente será mais fácil do que você imagina e juntas poderemos criar nossos filhos permeadas por mais paz e envolvidas pela energia do amor!

Este Texto foi ESCRITO por:  

Ana Blasi, Mãe da Flávia, Participante da Turma 9 do Zum Zum de Mães e apaixonada por educação e conexão.

IG @blasi_ana

E-mail: [email protected] 

Inicialmente, deixo claro que este texto não é um manual cheio de receitas para a quarentena! Na verdade, é um convite para um desabafo e uma reflexão inspiradora! Afinal, parece que este vírus nos pegou em nosso ponto fraco: nossa dificuldade em equilibrar os pratos da vida moderna. Ou seja, ser mãe sem perder a habilidade de ser sexy, cuidar da casa, sem se tornar escrava do lar, tipo gata borralheira; ser profissional, sem nos tornarmos a típica executiva sem vida pessoal.

Desta forma, esta necessidade de reclusão na quarentena está esfregando na nossa cara todas as nossas dificuldades de conciliar papéis. Além dos papéis, também todos os nossos medos de nos relacionarmos e todas as nossas vulnerabilidades, escondidas a duras penas embaixo do tapete!

Mas calma, este texto também não é um convite para a reclamação, a lamentação queixosa que de nada serve e apenas nos desgasta! Então, vamos por partes!

Vulnerabilidade é força!

Apesar de toda nossa capa de fortes, duronas e guerreiras, como bem gostam de exaltar as propagandas de dia das mulheres e dia das mães, somos humanas! Isto significa que temos nossos defeitos, nossos medos e falhas e precisamos aprender a olhar para estes aspectos como tesouros a serem lapidados!

Então, relaxe e saiba que aprender a se vulnerabilizar é um recurso de maturidade emocional. E, quando fazemos isso com amor e humildade, geralmente, conseguimos poderosos aliados como consequência! Assim, esqueça as recomendações de que você precisa ser durona! Saiba que se você se permitir sentir, tudo vai ficar mais leve e você conseguirá lidar com suas emoções com maior sabedoria!

Para isso, recomendo muito o lindo trabalho feito no Zum Zum de mães com a Clarissa e algumas leituras e vídeos como os da Brené Brown. Assim, nutrindo-se de acalento para o coração, fortalecendo-se na vulnerabilização, começamos a criar uma estrutura de sustentação para os outros “pratos da vida moderna”.

“É preciso coragem para ser imperfeito. Aceitar e abraçar as nossas fraquezas e amá-las. E deixar de lado a imagem da pessoa que devia ser, para aceitar a pessoa que realmente sou”. Brené Brown

A despedida da guerreira

Muitas vezes, nós utilizamos a capa de mulheres guerreiras para forjar uma coragem para enfrentar os desafios de ser mulher, de ser esposa, mãe e profissional. E, quero deixar claro que reverencio esta guerreira dentro de mim, que me impulsionou a enfrentar meus medos, preconceitos e me fez evoluir em muitos aspectos.

Todavia, percebi ao longo da minha jornada que, em alguns momentos, minha guerreira engessava minha capacidade de sentir e demonstrar amor. Por vezes, a necessidade de ser “durona” me fazia ficar, inclusive, contra mim mesma. E, isso me obrigava a situações que eu não queria em nome de um “orgulho de guerreira”. Entretanto, apenas quando me permiti olhar para o meu medo e perceber que ele me contava coisas importantes sobre mim mesma é que pude utilizá-lo a meu favor!

Vale aqui citar o texto MARAVILHOSO: A despedida da guerreira, disponível em: https://www.facebook.com/clasacerdotisasdaterra/photos/a.317218491699625/1635129166575211/?type=1&theater

“Cansei de ser guerreira.

Guerreiros travam batalhas.

Estão sempre com arma em punho.

Houve um tempo em que tive que colocar minha armadura para lutar por mim, para delimitar espaços, para me manter em pé diante das tempestades emocionais que vivia.

Caminhei por muito tempo fazendo o trabalho árduo, passando por vários confrontos, buscando encontrar a minha glória, o meu caminho.

Os campos de batalhas eram cheios de desafios e, por muitas vezes, tive que recuar para estudar melhor o grande inimigo que morava em mim.

Juntei esforços e energia (porque todo esse movimento de cura cansa e exige demais de nós) para me manter sã, diante da loucura que era romper com os padrões sociais e familiares.

Tive que me blindar de todos aqueles que se ofenderam por me ver bem seguindo o minha estrada e por todos os outros que faziam a mesma coisa por não compreendê-la!

Mas o tempo foi passando!

A armadura foi pesando e a lança perdeu a função, porque durante toda caminhada eu fui compreendendo que guerras são necessárias, mas que também é chegada a hora de levantar a bandeira da paz!

Não quero provar mais nada a ninguém!

Não quero ser nada para ninguém!

Do meu espaço cuido eu!

Minha vida, minha regras!

Meu destino, minha responsabilidade!

Minha verdade, meu guia!

Minha expressão, meu palco!

Na verdade as batalhas são travadas para que possamos tirar de dentro de nós todos aqueles e tudo aquilo que colocamos como prioridade e que só nos trazia medo, opressão, desespero, angústia, invasão, subjugação, distorção e por aí vai.

Agora que começo a me encontrar comigo mesma, a ter minha própria opinião e a dançar conforme a minha música, não será preciso de armaduras e lanças, mas de uma confianças no invisível de que tudo será como deve ser.

É chegada a hora da paz tão buscada e desejada!

Agradeço e honro a guerreira que fui hoje e por todo sempre, porque sei que na hora em que precisar dela novamente ela estará a postos.

Ahowww!!!”

Texto por Heloisa Tainah

Ser mãe e profissional: eis o grande desafio do momento!

Assim, te convido a refletir que este é o desafio de milhares de mulheres no mundo: como posso me concentrar no trabalho e dar atenção ao meu filho dentro de casa? Afinal, as crianças precisam gastar energia, o chefe quer ver resultado e nós nos sentimos no meio deste cabo de guerra com muita culpa, raiva, frustração e impotência! Infelizmente, eu não tenho a solução para este desafio senão ganharia uma fortuna! Mas quero deixar claro que compreendo bem este sentimento e a partir deste momento desejo que você se sinta acolhida em sua dor e dificuldade: estamos juntas! Inclusive, te convido a ler Suficiência: desafios da Quarentena, crise ou oportunidade? no meu site Conexão Profunda

Desta maneira, acredito que a grande palavra que nos coloca em contato com a solução é READAPTAÇÃO! Esta implica parar de reclamar e se indignar com tudo o que não é como nossa mente gostaria! E, desta forma, acessar um estado de aceitação. Mas, atenção, aceitação não significa passividade! Com isso, a aceitação que estou propondo aqui é o que a Clarissa sempre enfatiza a respeito de nossa falta de controle sobre o que está fora! Eis o caso no momento! Isto porque, a situação está dada no momento com esta pandemia e nos resta, com o perdão do clichê, fazer limonada dos limões!

Isto significa que precisaremos aprender a nos dividir efetivamente entre filhos e trabalho e que, fatalmente, alguém ficará frustrado em algum momento! Isto porque TODOS estamos aprendendo a nos readaptar a este cenário: nós, nossos filhos, nossos chefes… Assim, absolutamente tudo está em processo de desconstrução no momento, nada está normal, portanto, é esperado que haja descompasso, cenário caótico até que a poeira abaixe.

Trabalho em equipe: família unida, trabalhando junta!

Cabe ressaltar algo muito importante no momento: quando há sobrecarga de tarefas, há impaciência, frustração e o resultado é discussão e caos. Para evitar este cenário, eu acredito fortemente na importância do diálogo, da vulnerabilização e da cooperação em família! Isto significa que, especialmente em tempos de quarentena, é fundamental que cada um tenha o seu papel definido para que as coisas fluam da melhor forma possível! Ao menos, é isso o que tenho observado na minha experiência cotidiana!

Em síntese, temos vários pratos para equilibrar, mas se houver excesso de pratos nem o atleta do Cirque Du Soleil será capaz de sustentar! Então, seja clara com seus sentimentos, honesta consigo e com os demais membros da família. Desta forma, defina as contribuições, horários e as maneiras de melhor estabelecer o funcionamento da casa e das rotinas na sua família!

Em nossa experiência aqui em casa, sempre lembramos dos jogos de vôlei em que o levantador às vezes corta, defende… Enfim, não há papéis fixos, mas é importante que TODOS queiram manter a bola em jogo! Neste sentido, a palavra de ordem é COLABORAÇÃO! E, nesta lógica, palavras como paciência, diálogo, compreensão, empatia são instrumentos fundamentais de trabalho constante!

Cabe ressaltar algo muito importante e capaz de fazer a diferença no cotidiano de quarentena: é importante SABER PEDIR AJUDA, mas é ainda mais fundamental ACEITAR a forma como a ajuda chega e RECONHECER a importância dela! Eis o verdadeiro desafio da liderança nos tempos atuais: integrar a família, liderar com base no exemplo e construir modelos de referência realmente significativos e sustentáveis!

“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única” Albert Schweitzer

Assim, estamos em tempos de profunda desconstrução para que uma nova ordem mais harmônica possa imperar! E isso começa com a gente, com nossa casa e família no dia-a-dia intenso de nossas experiências relacionais! Portanto, acredite, você é capaz, mas precisa acreditar e fortalecer esta crença constantemente para si mesma! Empodere-se com sua vulnerabilidade e lidere pelo exemplo, isto fará toda a diferença não só na sua vida e de sua família, mas também numa nova perspectiva mundial que está sendo construída neste período de recolhimento!

Luz, Paz e Bem a todos! Gratidão pela leitura! Namastê! _/\_

 

SOBRE A AUTORA

Este texto foi escrito por Gisele Mendonça, cientista social, mestre em sociologia, participante do Zum Zum de Mães e, principalmente, MÃE!

Tem um site chamado Conexão Profunda, visite www.conexaoprofunda.com.br e curta a página no facebook Conexão Profunda e siga no instagram gm_conexaoprofunda

Neste episódio da Tenda Materna, recebemos a Ana Paula Cury, médica antroposófica, co-fundadora da Escola de Pais na Escola Waldorf Rudolf Steiner de SP, Coordenadora do Projeto Social Semear e da Formação em Lideranças de Comunidades Parentais.
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Quanta honra, que alegria! Escutar as doces e sábias palavras da Ana é uma experiência muito potente, que toca um lugar profundo em nossos corações.
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Leia esse trechinho da nossa conversa para você sentir um pouco do que espera por você:
“Se você se lembra que você em seu presente está diante de um ser espiritual em seu devir e se o simples pensamento desta grandeza suscitar em você uma devoção no seu ato de estar presente perante este fenômeno, isso vai criar a atmosfera frutífera e fecunda pro desenvolvimento deste filho. Então ele encontrará a alegria e o amor necessários para ir se revelando. O resto, é prestar atenção. Porque é a criança é que vai sinalizar para nós aquilo que ela precisa.”
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Além de trazer um olhar profundo para nossa jornada de autoeducação ao lado de nossos filhos, ela comenta também sobre presença e conexão com as crianças e sobre a importância de estabelecermos limites claros para os pequenos.
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Te convido a entrar em nossa Tenda e escutar essa conversa maravilhosa! Sinto que ela pode ser um grande alento para nossos corações tão sensibilizados por este momento intenso que estamos vivendo! Só dar o PLAY:

Depois me conta aqui o que achou!!! 🙂

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Um abraço com muito carinho,
Clarissa

Para ter aceitação própria é preciso deixar de comparação, deixar de medir força, altura e qualidade da emoção, reconhecer tranquila tudo que é limitação.

Não sou fada nem bruxa, nem santa nem puta, nem dia nem noite, nem fogo nem água, nem terra nem ar, nem louca nem sã. Sou na verdade tudo isso e nada disso, porque na verdade nada sou, eu apenas estou.

Já tentei desesperadamente me encaixar, no espaço da cama, no colo de alguém, no banco de traz, na vida de quem eu não cabia, no espaço apertado entre o fogão e a pia, na barra da saia, no sofá cama, na mesa de jantar, na baia da vizinha, na cadeira da escolinha.

Já disse que estava bom quando estava péssimo, já disse sim quando queria dizer não, já sorri quando queria chorar, comi mingau quando queria mamar, já fui embora quando na verdade tudo que eu mais queria era ficar.

Já fiz coisa errada só para ser aceita, só para me acharem legal, já engoli sapos, vinhos baratos, mentiras e verdades, de tanto não querer machucar nem ferir, me corrompi numa versão pequena do que estava por vir.

De tanto fugir, de tanto falar o que as pessoas queriam ouvir, eu quebrei por dentro e depois por fora, os pedaços foram por todos os lados, quis colar tudo correndo, o que vão pensar? Que eu não sei lutar? Na pressa atropelei tudo de novo, mas agora entendi que as peças demoram a se encaixar. O corpo é o último que resiste, ainda não entendeu que estamos recomeçando, restartando, estou aos poucos renascendo de mim mesma, arrebentando as duras cascas do ovo, sendo parida de novo.

E eu sou dessas que barganha com Deus: Mas eu fui tão boazinha senhor! Por que precisa ser com dor? E tudo que eu fiz e doei em nome do amor? Daí ele mandou um anjo ao meu quarto e me falou: Mas e o amor avassalador por você mesma, já aflorou?  E o rio que nunca fluiu porque você não permitiu? E o furacão que nunca arrancou as crenças que você cravou? E o fogo que você apagou quando ele a iluminou? E a Terra suave que os teus pés tocaram e você subitamente os calçou?

Me disse para eu ir sem roupa, sem guarda-chuva, sem boia, sem bote, sem bota, sem nada. Estou com medo, mas vou, porque aos poucos o medo deixa de me guiar, estou com medo, mas não o sou, não estou mais sozinha, tenho a mim mesma, por isso digo: Sim, eu vou.

SOBRE A AUTORA:

Mãe da Ive de 4 anos, Geóloga, Participante da turma 5 do Zum Zum de mães, Educadora Parental pela Positive Discipline Association.

@viviancpessoa

[email protected]

 

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