Quando o João nasceu senti que junto com a criança nasceu a vontade de ser MÃE, de assumir-me como MULHER. De encontrar respostas nestes papéis que iria representar…E senti o desejo ardente de olhar para meu passado e confrontar meus medos, angústias e crenças, pois tinha claro que se não fizesse isso naquele momento quem pagaria o preço da minha inconsciência seria meu filho…
Começei a ter clareza de que eu não estava assumindo a responsabilidade sobre as oportunidades que a vida estava me dando. E me lancei ao caminho de busca por Quem Sou?! E a cada dia um universo de possibilidades se revelava diante de mim… A princípio assumir-me como mãe e mulher foram fundamentais para me dar conta de que isso não sou EU, são apenas papéis que tenho amor e gratidão em representar!
E a cada mergulho me deparava com algo novo: luzes e sombras que permeiam que eu sou e me distraem da resposta… A sombra inicialmente parecia ser bem maior do que EU e pouco a pouco fui me familiarizando com a mesma e num certo momento eu estava apaixonada por esse aspecto sombrio e dual que existe em mim.
E hoje, a aceitação, a gratidão e o amor me aproximam cada vez mais da resposta e em cada oportunidade reconheço a possibilidade de me libertar de quem acredito que sou e Simplesmente SER!
O que você acredita, suas crenças conscientes e inconscientes fazem que você crie um conceito sobre “quem você é”! Uma espécie de memória, documento ou currículo que você acesa cada vez que se relaciona ou vive uma experiência e reage a partir do que está arquivado ali. Como se “quem você é”, como se relaciona e experimenta o mundo, já estivesse programado e fosse algo completamente esperado e nada original.
Já as crianças pequenas estão mais limpas e livre desse programa elas são espontâneas, criam livremente, pois estão completamente mergulhadas no momento presente, conectadas com quem elas são… Mas essa originalidade pode durar pouco tempo… Se os pais não tomam consciência deste fato e não cortam com esse ciclo, as crianças vão se tornar miniaturas de seus pais e vão simplesmente repetir um modelo novamente!
A responsabilidade é nossa, é sua enquanto pai ou mãe de buscar a sua liberdade, originalidade e descobrir profundamente “quem é você sem todas as suas crenças”… e inspirar as crianças a serem o que elas são… e desenhar um futuro livre e consciente para o nosso Planeta!
A criança já é, ela não precisa ser moldada, educada, ensinada… A criança já é e a cada segundo quando acreditamos que estamos a educando estamos a distanciando do que ela originalmente já é…
Se pergunte diariamente, a cada instante “Quem é você?” e vá se livrando de quem você não é… Lembre-se somente que você não é o que você acredita ser… E cada vez que se aproximar dessa resposta seu filho será eternamente grato a você por SER e por permiti-lo ser também, pois juntos vocês São…
Um dos principais aspectos que garante o desenvolvimento saudável da criança, em seu aspecto mais amplo, é a riqueza das experiências vivenciadas pela mesma. E isso não significa necessariamente um número grande de atividades presentes no dia a dia da criança, inglês, judô, computação, natação, balet, aula de música, etc. A época que estamos vivendo por si só já traz esse excesso de estimulação. E nossa tarefa enquanto educadores (pais e mães) é a de resguardar e proteger a criança do excesso de barulhos, de luzes, de informações, e não imprimir mais estímulos a este pequeno ser. Mas sem neura, deixe acontecer, o mundo é assim…
Quando digo experiências ricas me refiro a qualidade dos estímulos que oferecemos a criança e principalmente ao respeito as necessidades da mesma. Ou seja, dar a criança o que ela necessita em determinado momento de sua vida… e para saber o que ela precisa em cada fase do seu desenvolvimento os pais devem observar aquele ser que é único. E apoiá-lo a vivenciar com profundidade as experiência, respeitando o ritmo daquele ser. Por exemplo quando a criança está no banho desfrutando da água, deixá-lo naquele espaço em silêncio, sozinho, cuidando da segurança mas sem interferir na experiência…
Aproveite essa idéia e pratique em sua vida, quando você pai ou mãe fizer isso e compreender o que estou falando, vai ser natural deixar seu filho agir naturalmente… E primeiro é fundamental que você seja, para permitir que a criança faça o mesmo…
07/03/2012 – “A primeira infância: um universo de possibilidades para pais e filhos”
04/04/2012 – “Limite e autonomia na medida certa”
07/03/2012 – “A primeira infância: um universo de possibilidades para pais e filhos”
04/04/2012 – “Limite e autonomia na medida certa”
Essa semana voltaram as aulas do João e o que senti ao entregá-lo a sua nova professora, novos colegas, nova sala, foi algo que eu não estava familiarizada. E como é bom descobrir um novo sentimento! Foi uma excelente oportunidade para me observar e perceber como atuo frente ao novo.
Ao chegar na porta da sala a professora o esperava e daquele momento em diante tudo seria novo para ele e eu mal sabia que para mim também. Ele me deu um forte abraço e um beijo e entrou como se fosse intimo de tudo e de todos… e eu com todas minhas crenças a respeito do novo, sobre “meus primeiros dia de aula” que me acompanham desde a infância, passei por uma experiência bem interessante: um misto de emoção e orgulho que puseram lágrimas em meus olhos e ao mesmo tempo um aperto no coração ao ver aquele ser tão pequeno indo em direção a um mundo novo… E antes de sair daquele lugar encontrei com o sorriso da Professora Nazaré que acalmou meu coração e algo me disse que ele estava em boas mãos.
Novas experiências e sentimentos são excelentes oportunidades para sermos autênticos, são instantes preciosos nos quais nossas defesas estão distraídas e podemos desde ai atuar com espontaneidade, como uma criança livre de condicionamentos, com lágrimas nos olhos, com sorrisos naturais… E observar que o simples fato de levar meu filho a escola foi um momento inspirador, no qual pude vivenciar a vida alerta e atenta ao aqui e agora, que PRESENTE!
Durante a gestação forão visíveis as transformações que vivenciei e não foram somente no corpo físico… A medida que a barriga crescia, vivia dia a dia a possibilidade de elevar minha consciência. Com o nascimento do João, nasceu também um desejo ardente de ser uma pessoa impecável, um modelo a ser seguido por aquele ser que acabara de chegar ao mundo. É algo inexplicável e a melhor maneira que encontrei para colocar em palavras esse sentimento foi através dessa imensa vontade de ser uma “mãe inspiradora”. Como se eu fosse uma base capaz de impulsionar meu filho para o infinito, para ir de encontro com a sua missão, com seu ser interior mais luminoso.
E com o tempo percebi que só o desejo não bastava era preciso muita coragem, persistência e disciplina… Coragem para me ver diariamente refletida naquele pequenino espelho, chamado João, que refletia e ampliava como um cristal toda minha luz e sombra…. Persistência para recordar diariamente que a sombra que via nele é minha e não escutar a voz do meu ego que insisti em dizer que é dele: “o João que é assim”… E disciplina para aceitar minhas debilidades e integrar luz e sombra num único ser.
No começo era uma disciplina e pouco a pouco foi se tornando um hábito saudável de desvendar de quem sou eu? E nascimento do meu filho foi a chama que ascendeu esse grande compromisso interno de despertar minha mulher iluminada e inspiradora… Obrigada João!!!
E meu desejo para você é o mesmo que desejo a mim mesma, que cada vez mais possamos inspirar nossos filhos, familiares, amigos e quem quer que cruze nosso caminho…
“Final de ano é um momento especial no qual temos a oportunidade de avaliar o que passou e fechar ciclos do passado para iniciar um ano novo… Assim como preparamos nossa vida, a casa, o quarto, o berço para receber um bebê, te convido a preparar-se para este novo ano que virá!
“Cada dia é um PRESENTE, uma nova OPORTUNIDADE que o Universo nos entrega para nos apoiar a sermos pessoas melhores,pais e mães mais conscientes e que sejam Responsáveis pela criação de um mundo mais feliz e abundante. Assim eu observo minha vida, cada dia ao despertar tento ser mais POSITIVA, CONFIANTE e ACEITAR a realidade como ela é… e assim permito que através do meu exemplo meu filho acredite que ele vive em um “mundo BOM!”.
A criança pequena deve ocupar-se de si mesma (e não dos outros/ das crenças dos outros/ dos “problemas do mundo”) e estabelecer-se nessa nova morada (seu corpo) que lhe foi presenteada por Deus. Viver a vida a criar, brincar, cantar, dançar… expressar-se da maneira mais livre o possível… Quando digo livre me refiro principalmente: a viver livre da influência de minhas crenças limitantes sobre o que EU (mãe) acredito sobre o mundo, a vida, as pessoas… Deixar que aquele ser PURO, que está experimentando o mundo pela primeira vez, tire suas próprias impressões sobre quem ele é, sobre o que é o mundo, a vida, os seres… e aprenda por si só com os desafios que ele mesmo criará para si…
“O fato de nos tornarmos pais e mães pode mudar a nossa vida. A medida que a barriga cresce, a nossa consciência também se expande…. Com o nascimento da criança temos a oportunidade de vivenciar o mundo com um novo olhar. Isso acontecerá se estivermos atentos e abertos a experimentar uma vida presente e consciente junto de quem mais amamos! ”
Se você é pai ou mãe participe do próximo encontro de pais Niño Aconselhamento: “A importância do RiTmO e da RoTiNa na vida da criança.” e venha descobrir possibilidades infinitas de educar seu filho desde a consciência e auto-conhecimento…
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