A observação atenta e verdadeiramente disponível de nossos filhos é o primeiro passo para estabelecermos uma rotina familiar harmônica e que traga segurança para os pequenos. Quero dizer que antes de qualquer coisa é importante entender as necessidades do seu filho de acordo com o momento que ele está vivendo!

Além de observar a sua criança que é única e que somente ela pode te indicar aspectos precisos sobre o que está acontecendo ali a cada momento, quero sugerir também que você observe a natureza ao seu redor. Mesmo que você viva em uma cidade grande e more em um apartamento, tente fazer o exercício diário de observar o ritmo que guia a natureza que há ao seu redor. Chamo de ritmo natural esta grande respiração planetária que ora contrai e que ora expande e que permeia tudo e todos. As crianças estão conectadas com este ritmo e para criarmos uma rotina, ou seja, para organizarmos a relação dos nossos filhos com o tempo de maneira harmônica não há como não olharmos para o ritmo natural que envolve o planeta terra.

Clique no vídeo abaixo para compreender de maneira PRÁTICA como a observação do seu filho e do ritmo natural podem te apoiar a estabelecer uma ROTINA saudável para seu filho e sua família:

Gostou do vídeo? Vou adorar saber o que achou dele! E se tiver alguma pergunta ou sugestão de tema para nossos próximos vídeo comente aqui embaixo também!

Te vejo por aqui no site da Bee Family! 😉

Com carinho,

Clarissa Yakiara

No vídeo abaixo vou falar sobre Crianças Desobedientes. Eu recebi uma pergunta da Jaquelini Santos que me disse o seguinte:

“Tenho uma filha de 1 ano e 7 meses e sou professora de maternal com crianças de 3 anos como trabalhar a desobediência nesta fase?” 

A primeira coisa que gostaria de pontuar para responder esta pergunta é que é muito importante que nós pais, mães e educadores observemos mais as crianças! Da maneira mais atenta, presente e imparcial que conseguirmos.

Quero dizer que precisamos dedicar tempo no seu dia a dia para observar seu filho: o que ele faz, como faz, os sons e palavras que emite, como te olha e olha para o mundo , como brinca, enfim esteja disponível para a criança. Pois as respostas que você busca para qualquer desafio que vive junto com o seu filho estão exatamente ai nesta relação!

E caso consiga observar bem o seu filho você vai perceber que por volta de 2, 3 anos algo começa a mudar e esta mudança este diretamente relacionada com a teimosia/ desobediência e a falta de cooperação dos pequenos que tanto nos incomoda.

O que que está mudando neste idade? Assista ao vídeo abaixo que vou te contar:

 

Caso queria Mergulhar ainda mais profundo neste tema sugiro que baixe meu ebook: Limite na Medida Certa aqui mesmo na página inicial do site da Bee Family! 😉

Te convido também a curtir nossa Fanpage no FB: http://facebook.com/escoladepaisbeefamily e me seguir no Instagram: @clarissayakiara

Vou adorar estar mais conectada com você! 😉

Um beijo com muito carinho,

Clarissa Yakiara

Quando você pensa em um momento especial da sua infância, qual a primeira imagem que surge em sua mente?

Em geral, quando faço essa pergunta em minhas conferências, as pessoas se lembram de imagens de brincadeiras, momentos que estiveram em contato com a natureza ou com pessoas que amam. São estas imagens carregadas de afetos, movimentos e liberdade que nutrem nosso ser e fazem a diferença em nossa vida adulta.

Hoje vemos crianças inquietas, agressivas, muito ligadas à televisão e ao computador e isso é extremamente prejudicial para a infância. As crianças precisam brincar, se movimentarem com liberdade, pois é dessa maneira que elas se expressam, interagem com o mundo, adquirem habilidades motoras, aprendem a se orientar no espaço, além de adquirirem noções de limite!

Como pais e educadores é necessário encorajar essa movimentação de duas maneiras:

  1. A primeira seria pelo exemplo, a criança é regida pela força da imitação, por tanto, é fundamental que ela esteja na presença de adultos se movimentando, cuidando da casa, caminhando, fazendo comida, etc. Isso inspira a criança a se movimentar também.
  2. A segunda maneira de inspirar mais movimento no dia a dia da criança é preparar o ambiente no qual a criança vai estar. Cuidar da segurança do espaço, ou seja, retirar do ambiente objetos com os quais a criança possa se machucar, deixar espaço livre para a movimentação, usar brinquedos simples para que a criança possa explorar sua criatividade. Fora de casa dar preferência para ambientes naturais como praças e parques ao ar livre.

Segue um pequeno vídeo que falo mais sobre este tema:

Se sentir vontade deixe seu comentário aqui embaixo!

Você é sempre bem vindo à Bee Family, volte quando quiser! 🙂

Essa entrevista gravei com a Larissa Simon, mãe da Helena e da Luísa, consultora materno-infantil e participante da primeira turma do Zum Zum de Mães.

Nessa entrevista falamos sobre os desafios dos primeiros dias de vida da criança, da importância do vínculo mãe-bebê nesse início da vida e sobre como é fundamental criar uma rede de apoio para passar pelo processo de transformação que o puerpério representa na vida da mulher.

Assista AQUI:

Larissa é fonoaudióloga e trabalhava principalmente com crianças com dificuldades de aprendizagem. Mas depois de passar por um processo de transformação intenso com o nascimento da sua segunda filha, Luísa, mudou sua atuação profissional unindo os saberes da fonoaudiologia à doulagem pós-parto, consultoria de amamentação e educação perinatal e hoje apoia mães a estabelecerem um vínculo mais saudável com seus filhos nos mil primeiros dias (gestação, parto, pós-parto e dois primeiros anos de vida).

Se quiser entrar em contato com ela, acesse seu site:
www.larissasimon.com.br
www.facebook.com.br/LarissaDoula
https://www.instagram.com/larissadoula

A Alimentação dos pequenos tem tirado o sono de muitas mães que me acompanham aqui na Bee Family. Por isso convidei a minha amiga e Nutricionista Materno Infantil Ana Paula Pacifico Homen para falar sobre como podemos apoiar nossos pequenos a Comerem com Prazer.

Nesta entrevista Ana vai falar sobre “10 dicas para seu Filho vivenciar uma relação saudável com o alimento”. Vamos falar sobre Seletividade Alimentar, Rotina, Punição e Recompensas, a Escola e a Alimentação das crianças e muito mais.

 

 

Para maiores informações sobre o trabalho da Ana ou para baixar o ebook Gratuito de “Receitas Saudáveis para Festas Infantis” entre no site dela:
http://www.anapaulapacificohomem.com.br
Ou curta a página dela no face:
https://www.facebook.com/anapaulapacificohomem

Com carinho,
@ClarissaYakiara

 

 

 

Esses dias eu recebi um áudio pelo celular com uma música linda de viver… Uma música doce, pura e verdadeira sobre a transitoriedade da vida e de como precisamos valorizar quem está ao nosso lado pelo tempo em que estão conosco. E isso me fez refletir sobre a minha caminhada dentro do Zum Zum de Mães, um programa online que fez uma verdadeira revolução na minha vida e na vida da minha família!

Eu acredito que nada, absolutamente NADA acontece por acaso e todas as pessoas que estão ao nosso lado tem um propósito a nos ensinar. Mesmo que seja ensinar como não queremos agir, o que não queremos seguir! Isso também diz respeito do quanto o amor e compaixão devem reger nossa vida, principalmente com as pessoas difíceis, as que pensam diferentes de nós, as que nos desafiam. Isso não quer dizer que precisamos abrir mão do que pensamos, principalmente se esse pensamento diz respeito à maneira com que queremos conduzir a educação dos nossos filhos. Mas querer que os outros engulam “goela a baixo” o que nós pensamos e sentimos é o caminho oposto do conviver em harmonia e fazer as pessoas também refletirem sobre maneiras mais tradicionais de educar!

É extremamente desafiador ter compaixão por quem nos desafia, eu bem sei. Quando eu iniciei o programa e comecei a me deparar com uma maneira totalmente diferente de encarar a educação dos filhos eu quis muito contar tudo para o meu marido para que entrássemos em sintonia com as nossas pequenas. Porém, o que fiz foi tentar impor minha verdade, considerando os métodos dele como “errados” e o julgando uma pessoa “acomodada” por não ter dado a mínima atenção ao que estava tentando falar pra ele. Isso me magoou muito e foi na comunidade do Zum Zum, cheio de mãe que estão imbuídas desse mesmo propósito de serem mais conscientes da sua maternagem, é que eu percebi, ao expor minha situação, o quanto eu estava sendo impositiva, controladora e o quanto eu não respeitava a maneira de paternar do meu marido e a sua contribuição na vida das nossas filhas, mesmo com as atitudes que eu considerava “erradas”. Também percebi o quanto as suas “atitudes erradas” me incomodavam exatamente porque, em maior ou menor grau, elas estavam presentes dentro de mim e o que me causava raiva era justamente esse lado meu que eu não queria enxergar.

A “discussão” por lá foi muito rica e produtiva. Várias mães deram seus relatos, compartilhando textos, vídeos, depoimentos e sugestões de como lidar com essa situação. As contribuições ímpares da Clarissa de Yakiara sobre essa necessidade de olhar pra dentro, corroborada por mais outras tantas mães me fizeram entender que os filhos não vem até nós por acaso! Aquele pai e aquela mãe sempre tem algo a ensinar, aprender e resgatar com aquela criança. E se você e seu marido tem divergências com relação à educação dos filhos, não é brigando, julgando e impondo seu pensamento é que você vai fazê-lo entender o quanto os seus comportamentos podem estar “equivocados”.

Sabe como a gente pode lidar com as pessoas que pensam diferente de nós com relação à educação dos filhos???

VIVENCIANDO o que você acredita ser melhor com amor e comprometimento e assim INSPIRANDO uma mudança de comportamento por parte do outro. Ninguém muda ninguém, a mudança começa dentro de nós. A única coisa que podemos fazer é inspirar através do EXEMPLO e da conversa amorosa e empática, livre de julgamentos do tipo “você é violento”, “você grita muito”, “você não considera a individualidade do nosso filho”,  etc, etc, etc… É em conversas amorosas e empáticas que você pode colocar o seu ponto de vista confessando o quanto é desafiador pra VOCÊ aquele comportamento “X” do seu filho e de que maneira VOCÊ lidou com a situação de maneira mais amorosa e respeitosa, mas só depois que a situação complicada passar e os ânimos estiverem mais calmos. Você pode fazer um convite à pessoa para refletir e tentar modificar o padrão, muito mais através do exemplo do que da conversa. Mas cabe a pessoa decidir se irá mudar ou não. E cabe a VOCÊ aceitar o que ela tem a oferecer pra você e seus filhos. Ou talvez tomar outros rumos…

larissa-simon

Isso vale pra todos em todas as relações! E é muito desafiador, eu sei! Mas quando a gente consegue colocar em prática, é muito lindo… O movimento de mudança que vi acontecer em mim, no meu esposo e na nossa família depois que eu realmente entendi pela via do pensamento e do sentimento o que estou tentando passar pra vocês, foi simplesmente maravilhoso!!! Não quer dizer que não tenhamos mais divergências! Não quer dizer que sejamos amorosos e empáticos o tempo todo entre nós e com nossas filhas! Não! Somos humanos, erramos pra caramba, mas estamos no movimento de tentar melhorar todos os dias, com amor e compaixão também por nós mesmos! Depois que eu comecei a inspirar pelo exemplo e fiz ele enxergar o quanto essa nova maneira de educar era muito mais efetiva e empática, passamos a respeitar muito mais a opinião um do outro, mesmo sendo contrária! Passamos a agir como uma “equipe”, tendo como meta uma vivência de essência e verdade. E reconhecemos um no outro as potencialidades e a importância do que temos a oferecer para nossas filhas, individualmente e como família…

Dá um trabalhão enorme olhar pra dentro, mas quando a gente faz isso e assume a responsabilidade sobre o que nos acontece sem nos vitimizar, nos relacionando com as pessoas pela via do amor, da compaixão e da empatia, os resultados podem até demorar. Mas com certeza ele vem… E são absolutamente transformadores e maravilhosos!!! Vale a pena tentar…

Este texto foi escrito por: Larissa Simon que é mãe de duas garotas encantadoras, Helena de 6 anos e Luísa de 2 anos. Participou da primeira turma do Zum Zum de Mães e através dele reformulou não só seu fazer como mãe, mas também seu fazer profissional. Era Fonoaudióloga, hoje também é doula pós-parto e educadora perinatal,  apoiando mães a vivenciarem uma maneira mais plena, autêntica e empoderada de maternar. 

Contatos:

www.larissasimon.com.br (no ar a partir de dezembro de 2016) 

www.facebook.com.br/LarissaDoula

[email protected]

Como educar uma criança autônoma? Quando o bebê está pronto para comer? O que é a seletividade na alimentação? Como se preparar para a introdução de alimentos do seu bebê? Como ser um exemplo inspirador para o processo alimentar do seu filho?

Neste bate papo com a querida Educadora Fabiolla Duarte, fundadora do Colher de Pau, vamos falar de maneira rica e profunda sobre vários aspectos da alimentação.

Um vídeo surpreendente e profundo que pode transformar sua relação com a Comida! Desfrute… 😉

Depois de assistir ao vídeo completo deixe aqui embaixo o seu comentário, vou adorar te escutar!!! <3

Já está no AR o primeiro vídeo do workshop Gratuito e Online: “A Comunicação Mãe e Filho como um Caminho de Cura e Liberação!”.

Para assistir ao workshop completo clique neste link:  https://beefamily.mykajabi.com/p/V1zumzum3

Neste workshop você vai aprender:

O que você aprenderá nesse workshop:

@ Os 4 passos da comunicação consciente mãe e filho.

Como você pode vivenciar uma relação mais leve, alegre, conectada, e amorosa com quem ama, simplesmente aprendendo a comunicar com responsabilidade e verdade! <3

@ Como falar sobre seus sonhos, medos, angustias para alguém que te escuta pode curar feridas emocionais.

O seu filho é um ouvinte fiel que te escuta com confiança e amor desde o momento em que foi concebido. Se você está aberta e comprometida com sua evolução, poderá trilhar este caminho de comunicação consciente e se libertar de padrões “negativos” e curar feridas emocionais por meio da sua relação com a criança.

@ Como resgatar sua auto estima e o prazer de estar consigo mesma e com seu filho.

A auto observação e a observação do seu filho podem te guiar em direção a um movimento  de intimidade consigo mesma. E a partir dai você poderá escolher redesenhar algumas atitudes e estabelecer uma relação mais amorosa e respeitosa consigo mesma e com quem ama.

O segundo vídeo vai ao ar nesta quarta-feira dia 12/10/16 e o terceiro na sexta-feira dia 14/10/16.

Para assistir ao workshop completo clique neste link: https://beefamily.mykajabi.com/pl/4399

Era a terceira vez que meu marido viajava nos últimos dois meses. E durante estas viagens,“coincidentemente”, meu filho mais novo ficara com febre. Desta última vez percebi que isso não era apenas uma mera coincidência, uma febre devido ao nascimento dos dentes caninos ou porque ele estava com o nariz cheio de catarro, tinha algo meu ali e que eu precisa me apropriar.

Meu filho estava me sinalizando com seu pequeno corpo quente, com sua necessidade de grudar-se a mim, com seu choro, com seu olhar triste e sem brilho, que ele já estava cansado de me mostrar que existia algo em mim que se enfraquecia na ausência do pai.

Passei o dia inquieta, remexendo por dentro, refletindo sobre minha história de vida, sobre minha relação com meu esposo, com meus pais, com meus filhos… e me PERGUNTANDO onde estava a minha RESPONSABILIDADE naquela situação? Como eu poderia estar co-criando esta realidade que estávamos vivendo? Como de alguma maneira eu era responsável pela febre que meu filho estava manifestando a cada vez que seu pai se ausentava?

Naquela noite quando fui coloca-lo na cama, disse sim para mais uma grande oportunidade que a vida me apresentava. Lucas estava agitado e inquieto, assim como eu, ele chorava, e não me deixava sair do seu lado nem por um segundo. Pude sentir e me conectar com aquela sensação de medo e de insegurança que ele estava manifestando através do seu comportamento. E naquele ambiente aparentemente angustiante e confuso, em meio ao seu choro e ao calor do seu corpo, peguei-o em meus braços, abracei-o fortemente e fui silenciando minha mente que insistia em fugir dali. Fui aos poucos me conectando com aquele instante, fui para dentro, sem muitas expectativas, simplesmente comecei a sentir o que estava acontecendo ali dentro, tornando-me um pouco mais intima de mim mesma.

E calmamente, a medida que as palavras vinham para dar nome a todo este movimento interno eu tratava de compartilha-las com meu filho. Me COMUNICAVA e dividia com ele cada insight, cada novo aspecto do meu SER que se revelava! Vieram a tona muitos medos… medo de ficar só, de não conseguir cuidar de mim e das crianças sozinha, vi também uma necessidade de controlar meu marido e te-lo por perto para me sentir segura, um apego forte. Senti também raiva da liberdade do outro, dos homens… Percebi que a medida que eu sentia as emoções que vinham à tona, que eu permitia que elas se revelassem e as acolhia com respeito, meu coração e minha mente se aquietavam e as palavras surgiam com força, elas eram capazes de expressar ao meu filho o que estava acontecendo em meu mundo interno.

Lucas começou a suar, senti que de alguma maneira ele compreendia minhas palavras, ou melhor as intenções que elas traziam consigo. Eu estava completamente entregue e aberta para o processo que estávamos vivendo ali. Simplesmente procurei aquietar minha mente e sentir o que  meu filho estava despertando em meu ser com seu comportamento. E a cada nova sensação, a cada momento de clareza, sentia vontade de me expressar e comunicar para ele o que estava acontecendo, o que eu estava me dando conta com o seu apoio. E naturalmente comecei a AGRADECE-LO por seu amor, sentia que no fundo ele confiava que em algum momento eu ia me  apropriar do que era meu naquela relação. E o fato de nomear para ele o que eu estava me dando conta e me abrir para a possibilidade de assumir o que era meu ali, permitiu que ele se libertasse . E seu corpo foi suando e limpando todo aquele movimento que já não mais lhe pertencia.

Era como se ele me dissesse: “finalmente neste instante vejo que há um adulto responsável nesta relação. Alguém capaz de se apropriar do que lhe corresponde e me deixar livre para viver os meus processos.”

E naquela noite ele suou e suou por várias horas seguidas e no dia seguinte não teve mais febre e nem no outro…

Até que novas oportunidades de crescimento apareçam para esta mãe que não se cansa de aprender com seus pequenos grandes filhos!

Um passo mais profundo na CURA por meio da COMUNICAÇÃO com as crianças…

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Comunicar para as crianças o que está acontecendo em nosso mundo interno de maneira responsável e honesta, quero dizer, assumindo a RESPONSABILIDADE pelo que nos corresponde em determinada situação, deixando claro que estamos atentos e cuidando daquilo, pode ser extremamente curativo para a relação mãe/pai/educador e filho.

Isso porque as crianças estão disponíveis emocionalmente para as pessoas e ambientes que se relacionam. Elas se conectam com o entorno e acabam absorvendo uma série de emoções que “não lhes pertencem”. Elas não sabem como se protegerem do que estão se relacionando.

Vejo esse movimento como um grande gesto de confiança de nossos pequenos na vida e especialmente em nós, pais e mães. Eles nascem tão entregues e abertos, que simplesmente amam e confiam no que temos para lhes oferecer.

O que acontece então é que a partir do momento que a criança absorve algo do entorno, ela vai começar a atuar de alguma maneira inspirada por aquela emoção. Ela vai nos entregar o que captou através de um comportamento, de uma mudança de atitude, ou até mesmo por meio das doenças. E se este adulto que cuida da criança estiver atento e se dispuser a assumir o que é seu naquela relação, ele terá a oportunidade de vivenciar todo um processo de tomada de consciência e crescimento junto com aquele pequeno ser.

Dessa forma, quando escolhemos trazer uma criança para este planeta, assumimos a responsabilidade de  proteger de nossos filhos, de cuidar deste entorno que eles estão inseridos. E não digo cuidar somente do ambiente fisico, incluo aqui também o ambiente emocional e mental. E para isso é preciso trabalhar com o auto observador e manter-se atento e RESPONSÁVEL pelo que você sente e pensa quando se relaciona com a criança.

E se você que está lendo este texto já está vivenciando (ou deseja começar) este processo de assumir a responsabilidade por sua vida e estabelecer um compromisso com sua evolução e do seu filho, vou te dar algumas dicas práticas que podem te apoiar muito neste movimento. Já te adianto que é um processo longo, desafiador e que é preciso ter muita paciência, coragem e honestidade para se ver ali, refletido em seu filho. Agora uma coisa é fato, se você se entregar e persistir vai colher frutos incríveis, vai experimentar uma relação mais profunda e conectada com  você e com quem ama!

Então, vamos aos pontos que levantei para que você comece logo a mergulhar neste universo de crescimento e possibilidades de cura para a sua relação com seu filhote:

  1. Observe atentamente seu filho: Mantenha-se atenta e presente para seu filho a maior quantidade de tempo que conseguir. Imagino que tenha vários afazeres em seu dia a dia, ou até mesmo trabalha fora de casa, mas é importante buscar momentos em sua rotina para se conectar com o seu filho. Tente parar tudo o que está fazendo e observe-o, mantenha-se em silencio ou fale pouco, olhe nos olhos da criança e mostre por meio do seu olhar e dos seus gestos que está ali disponível para ela. E somente depois de observar muito comece a identificar o que te incomoda ali.
  2. Pratique a auto observação: Observe seus pensamentos, emoções e ações especialmente na presença da criança. Entre em contato profundo com suas motivações quando está junto de seu filho. E caso observe em seu filho comportamentos desafiadores, que você se sinta confrontada ou incomodada aproveite a oportunidade para se questionar sobre sua responsabilidade naquela situação, como você poderia estar co-criando isso? Como de alguma maneira você é um exemplo disso que ele está manifestando? Como você pode estar inspirando a criança a atuar desta determinada maneira? Gosto de deixar as perguntas vivas em meu ser, conviver com elas por dias, deixa-las reverberarem. E logo sentir o movimento que as perguntas me inspiram a fazer. Quando estamos tratando de olhar para dentro, de questões existenciais, não há presa, não há certo e errado, não há uma resposta correta. As respostas podem “matar” as perguntas, muitas vezes nos enrijecem numa única possibilidade, num único caminho e nos desconectam da vontade de seguir em movimento, experimentando e buscando caminhos e possibilidades criativas, inovadoras.
  3. Comunique com responsabilidade: Depois de observar a criança e se observar, é hora de comunicar com seu filho o que você está sentindo e aprendendo sobre você neste processo.  Vale lembrar que a criança já está sentindo o que está acontecendo no mundo interno da mãe, mas ela precisa de escutar de você e sentir veracidade em sua fala, sentir que você está consciente de suas próprias questões internas, para soltar e liberar o que está absorvendo nesta relação. É importante que, além de falar que esta consciente das suas questões, você comunique suas intenções de trabalhar e organizar o que está percebendo.

Agora de maneira bem prática atente-se para estes pontos que podem facilitar sua conversa com a criança:

  • Comunique-se de forma responsável, sempre na primeira pessoa. Não responsabilize outras pessoas pelo que você está vivenciando.
  • Converse com seu filho num momento tranquilo, de preferência alguns minutos depois que ele adormecer.
  • Fale como se estivesse falando com um amigo intimo que é capaz de te escutar profundamente.
  • Conte para seu filho como você está se sentindo, quais são as suas angustias, etc. Se sentir vontade de chorar, chore…
  • Fique bem presente e conectada!

Este três passos básicos se bem aplicados, com compromisso e responsabilidade, podem trazer um crescimento profundo em sua vida além de te entregar uma grande oportunidade de LIBERAR seu filho de questões familiares complexas e abençoar o caminho da criança para que ela possa seguir de forma autêntica, LIVRE, sendo quem ele realmente É! 

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