A sabedoria da natureza é algo admirável, me encanta! Em especial quero compartilhar com vocês alguns aspectos do desenvolvimento infantil nos 3 primeiros anos de vida. Compreender isso é de fundamental importância para nos tornarmos pais e educadores conscientes.
Observe a fragilidade em que nasce um bebê, que delicadeza, como poderá sobreviver? Quais serão os planos da natureza para este ser?
É certo que para sobreviver é importante que o bebê se apegue aos seus cuidadores, e esse é o plano natural. Nós, enquanto pais e mães, devemos, nos primeiros anos de vida, deixar claro para a criança que estamos presentes para cuidar, dar carinho, escutar e amar sem condições. Se pudesse resumir em uma frase o que quero gravar nas memórias infantis do meu filho essa frase seria: “a mamãe te ama incondicionalmente e está aqui com você!”. É esse apego saudável nos primeiros anos de vida que vai garantir a base de uma personalidade segura, auto-confiante, com auto-estima elevada e capaz de lidar com as adversidades que farão parte da sua vida.
Já quando a criança cresce um pouquinho, por volta dos dois anos de idade, e já começa a se tornar mais independente (anda, está começando a se comunicar, se alimenta com suas próprias mãos, etc.), os planos da natureza mudam. Se antes a criança deveria se apegar para sobreviver agora ela deve se desapegar, tornar-se independente.
A criança está começando a perceber que é um ser autônomo, está saindo da fase do egocentrismo e começando a perceber o outro. Nesse momento ela ainda não sabe expressar quem ela “é” e por isso começar a negar o que ela “não é”. Estamos falando da famosa fase do “NÃO” na qual essa se torna a palavra preferida da criança. E isso é NATURAL ela está simplesmente seguindo os passos da natureza.
Entretanto, este é um período de conflitos emocionais para pais e filhos, pois muitos pais por não compreenderem a natureza do desenvolvimento infantil se “irritam”, acreditam que a criança está desafiando e atuam com rejeição a esse impulso natural. Na verdade, o que a criança está dizendo simplesmente com seus “nãos” é: “Mamãe e papai eu estou crescendo e não sou vocês, posso escolher e desejar fazer coisas diferentes!” Simples assim!
Se coloque no lugar da criança e observe: ela está seguindo um impulso natural e as pessoas que ela mais ama não a compreendem e a rejeitam por isso, como será que ela se sente? “Sigo a natureza e cresço ou agrado as pessoas que mais amo?” = esse luta interior será expressada por meio de uma PIRRAÇA.
A criança sabe, muito melhor que nós adultos que “todos os sentimentos devem ser expressados” e quando sente raiva, medo, tristeza ou qualquer outra emoção ela vai expressar. Tomar consciência disso é aceitar e respeitar o desenvolvimento natural do seu filho. Diante de uma pirraça ou nos momentos nos quais você não sabe como atuar escolha estar ao lado dele!
Lembre-se que em um momento de pirraça ou alguma situação desafiante com a criança ela também está sofrendo… Escolha estar ao lado do seu filho, como um parceiro, um guia ou líder positivo, seja compassivo com o que ele está sentindo e seja feliz ao lado dele!!!
[jwplayer mediaid=”627″]
Perfeito!!! Identifico-me completamente com essa forma de pensar e ver a criança. Infelizmente, nem todos os pais e mães dão a devida importância às emoções de seus filhos. Vejo o quanto esse equívoco é prejudicial para a criança e seus pais. Todos sofrem.
Esse tem sido meu principal dilema atual,já tinha lido sobre a fase,mas ela veio diferente do que eu esperava. Levei tem 1ano e 9 meses, fala muito bem muitas frases, é muito grudado em mim. De uns tempos pra cá, especialmente de manhã é comigo ele começa uma sequência de não com algo bem simples e impensado com eu tomar um copo de água e aí a irritação só cresce com choro, gritos e debatendo sem opções possíveis para acalma-lo,soltar o copo,tentar pega-lo, explicar… Parece ser uma descarga muito negativa que o descontrola e ocorre muitas vezes e em sequência. Fico desconcertada e cada vez mais cansada. Poucas vezes perco a paciência, mas isso tem me desgastado muito mesmo e não consegui me encontrar ainda na situação.