A mão que bate…

A mão que bate rebate toda forma de conexão com o amor.

Quando se aproxima da criança sua raiva exala e agride aquele ser indefeso, vulnerável, sensível.

Ela separa, entristece, anoitece, oprime.

A mão que bate não corrige, não educa, não muda comportamentos.

Essa mão que não enxerga, fica cega e marca.

E as marcas da mão que bate ficam no corpo e na alma.

Tiram a energia em cada palmada, calam a voz, sequestram a vontade de seguir, desmoronam e implodem o porvir.

A mão que bate apaga o sorriso no rosto, o calor do corpo, desmonta a vida!

A mão que bate, desata laços, causa embaraços, persegue, desalinha, descarrila, empobrece!

Toda a mão que bate também bate e assim ela abate toda a chance de mudar.

De toda sorte, oh mão que bate!

… transforme-se na mão que acolhe e abrace a chance de recomeçar!

Seja a mão que acolhe, que sorri, que ri.

Que acaricia a cria, que sente um pé, uma mão, um coração!

Uma mão que acolhe, faz correr de emoção, faz chorar de tanto rir, faz unir o coração.

A mão que acolhe enxuga as lágrimas não as derrama, apenas proclama todo o amor que vem trazer.

A mão que acolhe alegra, sorri, aquece, move, impulsiona, une e reúne!

A mão que acolhe cura doença de filho, tem poder de acalmar, baixa febre, cura machucado, tira a dor, pela medicina do amor.

Toda mão que acolhe o ser, é acolhida também e vai acolhendo pelo caminho todo outro que aparecer.

Assim, para o ser proteger, sejamos todos mãos que acolhem, que envolvem, que abraçam, que enlaçam…. sejamos todos defensores do futuro que nos espera, amparando toda criança que caminhe por essa Terra!

Texto: Ana Blasi, Mãe da Flávia, Participante da Turma 9 do Zum Zum de Mães e apaixonada por educação e conexão. IG @blasi_ana E-mail: [email protected]

Fotografia: Iza Guimarães. Mãe, fotógrafa, participante da turma 3 do Zum Zum, que descobriu e acredita na fotografia como instrumento de autoconhecimento e conexão. Visite o site www.retratoterapia.com.br e siga no instagram @izaguimaraesfotografia.