Uma encontro especial…

1005841_613155445393612_1042760473_nOntem fui a uma palestra bem especial com a Professora do meu filho, Maria Nazaré Paganotti, organizada pelo grupo de mães Padecendo no Paraíso! Ela compartilhou coisas simples que fazem muito sentido nos dias de hoje e que quero compartilhar com vocês…

Sinto que grande parte dos ensinamentos giraram em torno do resgate do Respeito ao “Ritmo Natural”, esta grande respiração, que ora contrai e ora expande. O ritmo é este pano de fundo sob o qual escrevemos nossa vida. E quando falamos de crianças ele é o guia que devemos observar para estabelecer uma rotina saudável e adequada para as mesmas, na qual momentos de contração e expansão se intercalam harmonicamente. Perceber que há um ritmo natural no Planeta que se apresenta por meio das estações do ano, do ritmo do Dia e da Noite … e despertar em nós um olhar, ainda mais preciso, para quais são as reais necessidades de nosso filhos.

Segundo ela, os sete primeiros anos de vida são o momento de estruturar a “casa”, fazer a fundação, aquela parte que sustenta toda a construção, mas que não conseguimos ver depois de pronta. O que está em evidência ai é a formação do corpo físico da criança. Dessa maneira o adulto fica responsável por cuidar do ambiente e estímulos que chegam a este ser. É o guardião que zela pela “Segurança e Liberdade” dos pequenos, dois princípios fundamentais que nos acompanham durante toda a vida. Eu, mãe/pai/cuidador, preparo o ambiente seguro e acolhedor para que meu filho possa se movimentar com liberdade, se descobrir e se apropriar da sua casa…opa, do seu corpo!

A criança concebida e recebida simplesmente ama e confia nas pessoas ao seu redor, se coloca em uma postura aberta a receber “o que permitirmos que chegue até ela”. É como um pedaço de argila, o que imprimo ali deixa uma marca. E porque não mostrar que “o mundo é bom!”?  Este ser acabou de chegar e tudo que deseja é conhecer o mundo, as pessoas… Ele ainda não tem forças suficientes para se defender dos desafios da vida… Nós pais podemos esperar que este ser se fortaleça para depois mostrarmos a ele os aspectos mais desafiantes da nossa jornada!

Sei bem dos desafios de educar um SER e de cuidar do ambiente que o cerca, afinal também sou mãe e vivo neste mundo globalizado e cheio de interferências. Mas quanto mais tenho clareza do que quero para meu filho, mais me sinto fortalecida e confiante para guiá-lo. E é assim mesmo que me sinto, como uma Guia para o João. A Nazaré disse que nós pais somos os Mestres que conduzimos nossos discípulos (filhos)… Eu mestre? Meu filho discípulo? Claro que sim, pois a maneira primordial que as crianças se ligam ao mundo é por meio da Imitação, imitam o que percebem, escutam, veem, sentem… E é ai que está o segredo, por saber que este ser está me observando, eu desperto também meu olhar interno. Volto o foco para dentro, permito-me conhecer a mim mesma, empreendo um trabalho de autoeducação e assim inspiro meu filho pelo exemplo que SOU! 😉